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Réquiem para Terezinha Magdal

Por Maria Daluz AugustoJornal CAIÇARA

Sempre a vi como uma pessoa de vida justificada. Mesmo injustiçada e traida por aqueles a quem ajudou e que, as decepções e dificuldades mesclaram nos últimos anos sua vida, realizou o seu destino. Foi vítima do fato de ser pioneira, num emprego antigamente só para homens, sendo ela vítima do ranso do preconceito machista, que sempre desejou ocupar o seu lugar; vítima, por ser generosa, por esquecer-se de si mesma, muitas vezes, para acolher interesseiros degustadores de uisque importado, caviar e outras amenidades. Banquetes, muitas vezes por solicitação de outros, onde os participantes se acalentavam na ronda dos favores da anfitriã quando então ela gozava de grande prestígio social e político. Apostatas que ainda hoje, varejam por aí sempre em busca de outros cantos, de outros favores seguindo sempre o mesmo diapasão: o interesse pessoal.

O grande coração da minha enfocada, quando ela navegava em mar de Almirante, numa vida tranquila e saudável, jamais solicitou à imprensa alguma notícia elogiosa a seu respeito, ou sobre os banquetes que oferecia a muitos visitantes ilustres... Muitos "amigos" se aproveitaram de sua privilegiada situação, muitos também foram responsáveis por sua derrocada financeira. Com o rolar do tempo, o seu rol de "amigos" e também de amigas, ficou reduzido a um pequeno grupo. Para trás foram ficando principalmente os beneficiados com seu prestígio, no passado ficaram os que foram acalentados na onda da sua bondade, fôsse com um bilhete ou apenas uma ligação telefônica, recomendando para isto ou aquilo.

QUARENTA ANOS DE SERVIÇOS... morreu sem conhecer ou sentir os benefícios de sua aposentadoria. Ela lamentava, mas o motivo, ninguém sabe. Registro o seu passar pela vida com um sentimento de ternura. Uma amizade de mais de 30 anos. Sempre soube da sua presença marcante e forte, nos Hospitais, nos Asilos, nos Orfanatos, até no Hospital Erasto Gaertner em Curitiba, principalmente no Natal, levando presentes e boas palavras de esperanças.

A porta de sua casa estava sempre aberta, para receber quem fôsse. Entrando, já se dirigia à sua acolhedora copa, com uma imensa mesa, sempre repleta de doces, bolos, etc. etc.

Ultimamente, passando por apertos financeiros, quase só, ela adoeceu. Na fase de sua enfermidade, poucos estavam ao seu lado, até o desenlace.

Já enfraquecida, dois meses antes de sua morte, ela me confidenciou ao telefone: "Sabe, por duas vezes, fui visitada por um sr. desconhecido que solicitava a minha assinatura num papel em branco"...

Claro que ela não assinou. Disse-me quem era o mandante... Depois eu conto! Mesmo passando dificuldades, não era uma pessoa amarga, apenas triste por não terem reconhecido a sua dedicação e sentir-se usada.

Com o tempo, muitas máscaras caíram e se afastaram...

Então ela aprendeu a conviver com a solidão e com a casa de imensa copa ou sala, de refeições, vazias, quando lembrava com o coração apertado das benesses que ao longo de sua existência, foram distribuidas, e quantas derramadas pelos caminhos e à sua volta...

Mas a vida não respeitou a dor do seu exilio, agora que enfrentava dolorida crise financeira e a dor de adoecer quase só, de reaprender a conviver com sua mágoa, com as lembranças das ingratidões.

Terezinha Magdal, viveu muitos anos de glória, que lhe fizeram bem enquanto durou. Aquele tempo bom, foi dividido com muitos que se aproximavam, para apenas tirar vantagens do prestigio que ela gozava. Quantos foram beneficiados com a sua ascensão... Terezinha Magdal conheceu, infelizmente o outro lado da vida: o esquecimento, o quase abandono, as ingratidções por parte de quem ela estendeu as mãos.

Ergo a minha taça, em memória da guerreira Terezinha Magdal, só Deus lhe dará os prêmios pelo bem que praticou, que distribuiu às mãos cheias, enquanto pode. Até uma pessoa que frequentava sua residência no tempo da fartura, perguntada: "Por que você não ajuda a Terezinha a conseguir sua aposentadoria?", ao que ela respondeu friamente: "o caso da Terezinha está consumado".

O deputado Anibal Khury sempre que vinha a União da Vitória, jamais deixou de visitá-la, ela que o tinha como um irmão mais velho. A morte do Guru, abalou profundamente a Terezinha que era gratíssima à amizade que o deputado lhe devotava.

Infelizmente, o mundo está ensandecido pelo poder e pelo dinheiro fácil. Triste ilusão de um século que se apelidou o "século das luzes"...

Aos 30 dias de sua volta a Casa do Pai, registro à minha saudade e homenagem àquela que foi vítima do sistema.

PS: O ‘caso’ da TEREZINHA NÃO ESTÁ CONSUMADO!!!

11 comentários:

Anônimo disse...

Sem fazer apologias, visto que Dna. Terezinha é a genitora da Dna. Regina., mas pelo que foi postado observa-se que trata-se de uma serventuária da justiça, que apesar de falecida há um mês., fez de sua vida um exemplo de dedicação do trabalho, atuando corretamente, e ainda, como mulher, fato pioneiro em nosso Estado, visto que, quando de sua nomeação ao cargo, este era praticamente reservado a homens. Ingênua foi, provavelmente por excesso de bondade e ingenuidade, visto que, sentia-se feliz ao presentear e receber aqueles que em sua época pertenciam a cúpula. Quanto a ocupação do cargo por Dna. Terezinha não mais foram de seu interesse., por motivos que ignoro, mas até entendo que infelizmente acontecem, foi descartada, tendo sido esquecido os serviços que até aquela data prestou a comunidade. Dna. Terezinha foi daquelas pessoas que conheceram o alge e depois conheceram a derrocada por motivos que talvez até a mesma desconhecesse. Mas, pelo que soube, mesmo próximo a seu fim, quando seu poder aquisitivo baixou e muito, manteve a alta estima, gostando sempre de andar vestida com distinção, mesmo que com simplicidade, postura ereta e cabeça erguida, como aqueles que não encontraram motivos para baixá-la . Visto que não deu causa a sua situação , sendo assim, a vergonha não era sua, mas sim deveria ser daqueles que a colocaram em tal situação. Que o exemplo da vida de Dna. Terezinha sirva para muitos outros serventuários da justiça, que iludidos por falsas amizades, que perduram somente enquanto perdura as vantagens que possam tirar da pessoa enquanto esta lhe serve, depois viu-se cercada de poucas pessoas, mas certamente estas poucas pessoas eram as que tinham o coração puro e a verddeira estima. Melhor menos amigos, mas amigos sinceros. Que Deus já tenha recebido Dna. Terezinha e esta esteja em bom lugar. (Viram como toda a regra possui exceção, e em todas as categorias profissioinais ligadas ao judiciário existem pessoas de bem? É só procurar. Acredito que devam existir em nosso estado muitas e muitos outros, como ela. Afinal, sou eu aquele que acredita no ser humano, apesar de tudo).-
Espero que todos colaborem para lembrar de outras pessoas que fazem ou fizeram a diferença, e que mereçam aqui serem citadas.-

Anônimo disse...

NÃO, O CASO TEREZINHA NÃO ESTÁ CONSUMADO, AGORA É QUE COMEÇOU!

COMEÇOU PORQUE SABEMOS QUE SUA FILHA, TÃO GUERREIRA QUANTO ELA, POR CERTO, O FRUTO NUNCA CAI LONGE DO PÉ - POR ISSO, SABEMOS QUE AS SUAS LIÇÕES E A SUA FORMA DE VIDA, E SOBRETUDO OS SEUS VALORES ÉTICOS, ESTÃO AQUI AINDA PRESENTES REPRESENTADOS PELA FILHA REGININHA GUERREIRA,CORAJOSA,QUE NÃO SE CURVA ÀQUELES PODEROSOS QUE COMERAM E BEBERAM EM SUA CASA, RECEBERAM BENECES, E, SE APROVEITARAM DA SUA BONDADE!

COM CERTEZA, HOJE ELA ESTÁ DO LADO DE DEUS, COISA QUE MUITOS NÃO IRÃO JAMAIS CONHECER, SÓ VERÃO O CAPETA, QUE POR CERTO TERÁ MEDO DE ESTAR PERTO DA CORJA, JAMAIS DARÁ AS COSTAS PARA ELES!

QUE DEUS ILUMINE A SUA ALMA, E QUE DÊ CADA VEZ MAIS FORÇAS PARA A NOSSA VALENTE REGININHA!

Anônimo disse...

Mas podem ter certeza, o processo que retirou os direitos da Sra. Terezinha vai ser anulado mais cedo ou mais tarde@c Pena que essa corja não vai ser penalizada, porque protegida pela Loman, como já disse Técio Lins e Silva- " oe ntulho da ditadura"!

Mas DEUS lhes reseva o que lhes cabe!

Anônimo disse...

rEGINA, POR CERTO E, OINFELIZMENTE ESSA NÃO É A UNICA ESTORIA QUE SE PAASOU NESSE PODRE JUDICIARIO DO PARANÁ, DEVEMOS TER OUTRAS!

Anônimo disse...

Titia- Que estas singelas palavras sirvam de alento e conforto nesta data em que se completam trinta dias de separação de sua mãezinha. Lembre-se, a vida não termina aqui. Resta a saudade, e esta ficará, mas permanece com mais intensidade ainda a crença de que a vida não acaba aqui, que haverá o reencontro, e que se sua genitora já partiu e porque ela cumpriu sua missão aqui, estando agora em lugar melhor que nós. Paz para você.

//Sem Desânimo//

A dor te visitou, sem aviso prévio.
É compreensível que a emotividade te envolva, diante de acontecimentos que te atingirem no âmago do ser.

Contudo, procura raciocinar.

Lembra-te do amparo de Deus, que já te sustentou em outras situações difíceis.

Recorda as palavras de Jesus, prometendo consolação aos que sofrem.

Lembra-te dos amigos espirituais que te guiam e vem sustentando os passos, por entre os caminhos espinhosos.

Equilibra-te na certeza de que o tempo é solucionador natural de todos os problemas que não possas resolver de imediato.

Confia em Deus e segue para frente.

Amanhã compreenderás melhor as razões das dores, que, hoje padecem incompreensíveis.

* * *

Clayton.
Ditado pelo Espírito Augusto.

--------- Com um abraço fraterno seguido de orações para sua genitora e para os familiares e amigos de quem esta está momentaneamente separada.-

Anônimo disse...

' TUDO SE TRANSFORMA NA DIREÇÃO DO INFINITO BEM. CONVERTE A FOR EM LIÇÃO E A SAUDADE EM CONSOLO '

Das experiências vividas por um encarnado na Terra, a despedida de um ente querido é, certamente, de todas a mais difícil, como ressalta, com sabedoria, Emmanuel em sua conhecida mensagem “Ante os que partiram”, psicografada por Francisco Cândido Xavier e parte do livro “A religião dos Espíritos” (ed. FEB).

Na mesma mensagem, contudo, o mentor espiritual de Chico Xavier apela aos corações que passam por esse difícil momento, pedindo-lhes que, embora a dor, não se permitam a revolta nem a mágoa, aconselhando que busquem reunir forças na oração. E recorda que, embora estejam temporariamente separados fisicamente, esses corações amados prosseguem vivendo em outra realidade, não dispensando, por isso, a nossa contribuição para o seu equilíbrio, principalmente nesse instante de tão importante transição.

“Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra, e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio” – diz Emmanuel, que faz mais um fraterno pedido aos que ficaram: “Honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram. Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.”

Vale recordar ainda aqui outras palavras do conhecido amigo espiritual, que na mensagem intitulada “Parentes mortos”, do livro “Paz e libertação” (ed. Ideal), também psicografado por Chico, volta a reforçar seu apelo aos que agora se vêem envolvidos pela dolorosa experiência da separação.

“Converte a dor em lição e a saudade em consolo. (...) Tudo se transforma na direção do Infinito Bem. Compreendendo, desta forma, a Verdade, entesourando-lhe as bênçãos, aprendamos a encontrar na morte o grande portal da vida e estaremos incorporando, em nosso próprio espírito, a luz inextinguível da Gloriosa Imortalidade” – conclui.

///////////Bonitinha- Lembre-se que você não está sozinha neste momento. Muitas pessoas de bem estão lhe desejando só coisas boas./////////

Anônimo disse...

Mulheres ( de autor anônimo para você Lindinha, exemplo de mulher forte, batalhadora, mas também terna e amiga. Para você que é uma mistura de todas as mulheres que tem um ideal e querem vê-lo realizado. Tenha paz no seu coração e Deus em seus pensamentos! De onde estiver, sua mãe deve estar se orgulhando da filha mulher que aqui deixou)

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No mundo existem diversos tipos de mulheres. Existem as que curam com a força do seu amor e as que aliviam dores com a sua compaixão. Foram exemplos Irmã Dulce, na Bahia e Madre Tereza, na Índia.

Existem mulheres que cantam o que a gente sente e as que escrevem o que a gente sente.

Há muitas mulheres glamourosas, como o foi Lady Di e mulheres maravilhosas que deixam lições eternas, como Eunice Weaver e Madame Curie.

Existem mulheres que fazem rir, e mulheres talentosas no Teatro, nas telas dos cinemas, nos palcos do Mundo.

Entre tantos tipos de mulheres existem as que não são conhecidas ou famosas. Mulheres que deixam para trás tudo o que têm, em busca de uma vida nova. Lembramos das nossas nordestinas e sua luta constante contra a adversidade, para que os filhos sobrevivam.

Mulheres que todos os dias se encontram diante de um novo começo, que sofrem diante das injustiças das guerras e das perdas inexplicáveis, como a de um filho amado, pela tola disputa de um pedaço de terra, um território, um comando.

Mães amorosas que, mesmo sem terem pão, dão calor e oferecem os seios secos aos filhos famintos. Mulheres que se submetem a duras regras para viver.

Mulheres que se perguntam todos os dias, ante a violência de que são vítimas, qual será o seu destino, o seu amanhã.

Mulheres que trazem escritos nos sulcos da face, todos os dias de sua vida, em multiplicadas cicatrizes do tempo.

Todas são mulheres especiais. Todas, mulheres tão bonitas quanto qualquer estrela, porque lutam todos os dias para fazer do mundo um lugar melhor para se viver.

Entre essas, as que pegam dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar. E quando chegam em casa, encontram um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.

Mulheres que vão de madrugada para a fila a fim de garantir a matrícula do filho na escola.

Mulheres empresárias que administram dezenas de funcionários de segunda a sexta e uma família todos os dias da semana.

Mulheres que voltam do supermercado segurando várias sacolas, depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.

Mulheres que levam e buscam os filhos na escola, levam os filhos para a cama, contam histórias, dão beijos e apagam a luz.

Mulheres que lecionam em troca de um pequeno salário, que fazem serviço voluntário, que colhem uvas, que operam pacientes, que lavam a roupa, servem a mesa, cozinham o feijão e trabalham atrás de um balcão.

Mulheres que criam filhos, sozinhas, que dão expediente de oito horas e ainda têm disposição para brincar com os pequenos e verificar se fizeram as lições da escola, antes de colocá-los na cama.

Mulheres que arrumam os armários, colocam flores nos vasos, fecham a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantêm a geladeira cheia.

Mulheres que sabem onde está cada coisa, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para dor de cotovelo do adolescente.

Podem se chamar Bruna, Carla, Teresa ou Maria. O nome não importa. O que importa é o adjetivo: mulher.

* * *

A tarefa da mulher é sempre a missão do amor, estendendo-se ao infinito. Tal tarefa pode ser executada no ninho doméstico, entre as paredes do lar, na empresa, na universidade, no envolvimento das ciências ou das artes.

Onde quer que se encontre a mulher, ali se deverá encontrar o amor, um raio de luz, uma pétala de flor, um aconchego, um verso, uma canção.

Anônimo disse...

Tia Regina -
Mantenha elevado seu otimismo na vida!
Quem possui o coração cheio de amor, nada teme! Enfrenta todos os vendavais da vida com serenidade.
Procure amar a todos e a tudo, mesmo àqueles que a fazem sofrer.
Não que isto signifique abrir mão de seus ideais, mas nada impede que você possa continuar a buscar seus sonhos sem carregar dentro de você o pesado fardo daqueles que são movidos pela raiva e pela vingança.
Sem carregar mais este fardo inútil, a chegada até a vitória poderá ser mais rápida.
Aproveite a oportunidade que a vida oferece de estar próxima a seus adversários, o que nada a impede de atuar de acordo com seus ideais , mas sem necessidade de alimentar sentimentos de ódio.
Lute! Atue ! Proteste! Escreva! Reclame! Faça tudo que você achar que é correto.
Mas lembre-se, querer a justiça é muito diferente de querer a vingança.
Querer a justiça, e atuar para isto enobrece.
Querer a vingança nos iguala a escória.
Tenha muito amor em seu coração, e que este transborde atingindo todos aqueles que lhe estão próximos, independente de suas afinidades para com eles ou não.
Amor fraterno nunca é demais!
Haja em prol da justiça mas com amor. Isto dará mais orgulho ainda para sua mãe também, e reverterá em bençãos e paz para ela, para você e os seus.-

Anônimo disse...

Maria Bonita.
Esta quase lá o teu nome diz tudo é realmente a mulher guerreira e justa com a sociedade paranaense.
Você é uma pessoa muito bem falada aqui nos corredores.
Tem o eu carinho e minha força para dar continuidade neste belo trabalho que faz para colocar o que o poder público deveria nos dar exemplo em ajustar Atos administrativos na esfera cartórial que todos nos da toga devemos por em pratica princípios constitucionais que não estão nossos Desembargadores do Alto escalão fazendo aqui.
Aos poucos estamos em adptação graças aos Conselheiros defensores da Constitução Federal.
Você e muitos mudaram a história do Poder Judiciário Administrativamente.
Abração e força em seus objetivos que nenhum Poder a não ser tem mais interresse em fazer como determina a justiça e transparência que os conselheiros e ministros.

Anônimo disse...

Maria, um passarinho me contou que os cartorários estão muuuito satisfeitos com a entrada do Ministro Peluso à frente do CNJ.. Porque será?

Anônimo disse...

Maria Bonita
Esta Jurisprudência, certamente, vai servir para alguém aí no seu Paraná.

Cliente não responde por abuso de linguagem de seu advogado
(29.04.10)

Apesar de representar o cliente em juízo, o advogado é o único responsável pelos seus próprios eventuais excessos de conduta ou linguagem. Esse foi o entendimento da 4ª Turma do STJ, ao prover recurso do Banco do Brasil contra decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão.

No processo, consta que o advogado da instituição financeira teria se referido a um cliente, na contestação de ação movida contra o banco, como “mais perdido que cachorro de pobre em dia de mudança”. Em razão da expressão injuriosa, o cliente entrou com pedido de reparação por danos morais contra o banco.

Essa ofensa foi proferida nos autos de ação em que o advogado Hilton Mendonça Correa Filho litigava contra o banco. Sentindo-se ofendido, Hilton ajuizou, em causa própria, ação contra o BB.

O TJ-MA concedeu uma reparação de dez salários-mínimos para o cliente a título de danos morais. O tribunal também aplicou a multa prevista no artigo 538 do Código de Processo Civil contra o banco, por tentar atrasar o processo com recursos.

A defesa da instituição financeira recorreu ao STJ, sustentando que não houve a violação ao artigo 538 do CPC, pois seus recursos não teriam caráter protelatório. Também afirmou haver ofensa ao artigo 188 do Código Civil, uma vez que não teria caracterizado nenhum delito cometido pelo banco que pudesse originar dano moral.

No seu voto, o ministro relator Fernando Gonçalves observou que essa matéria foi recentemente apreciada no STJ. Para ele, o Banco do Brasil não seria parte legítima no processo. "Ofensas feitas pelo advogado, em juízo, são de responsabilidade exclusiva do profissional da Advocacia, não se alterando a situação pela existência da relação de emprego entra a parte e o advogado" - afirmou o relator.

O ministro aponta ainda que, caso o cliente também ratificasse a declaração no processo, este poderia ser considerado corresponsável, mas não foi isso o que ocorreu.

A decisão também apontou que a imunidade dos advogados não permite que eles cometam excessos enquanto exercem suas atividades. Com esse entendimento, afastou o pagamento da indenização e da multa estabelecido pelo TJ-MA. (REsp n° 1048970 - com informações do STJ e da redação do Espaço Vital).